Pular para o conteúdo principal

Postagens

Destaques

Aqui não se entra. Se chega, se for parte.

Chove 16 horas por dia. Não por acidente. Não por excesso. Por ritmo. A floresta amazônica tem sua própria cadência, um compasso que não segue relógios nem satélites. Umidade, decomposição, regeneração. Cada gota que cai sustenta um ciclo complexo, onde fungos, raízes, insetos e folhas dialogam em uma linguagem anterior à linguagem. A chuva na Amazônia sustenta muito mais do que a mata, ela alimenta os chamados rios voadores, correntes de vapor que umedecem todo o continente, e ativa o ciclo do carbono ajudando a regular o clima global. O excesso aparente, na verdade, é equilíbrio. As águas dissolvem matéria orgânica, reciclam nutrientes, e mantém a biodiversidade em constante renovação. Nesse ambiente que tantos chamam de “inóspito”, a vida pulsa em camadas. Quem chama a floresta de inexplorada talvez nunca tenha escutado o seu tempo, porque ela não se curva à lógica humana, ela não é produtiva nos moldes do capital. Não permite corte limpo, linha reta, nem pressa. Ela exige escut...

Últimas postagens

Diálogo Intercultural e o Reconhecimento dos Direitos Territoriais das Comunidades Tradicionais no Brasil

A Fragilidade na Proteção aos Índios Isolados

O que a sabedoria indígena nos ensina sobre a criação do mundo

Posse Civil vs. Posse Indígena

Marco Temporal: A Batalha Silenciosa que Pode Apagar os Direitos Indígenas no Brasil

10 Políticas Públicas Urgentes para Comunidades Tradicionais no Brasil

A Importância do Artesanato e das Atividades Tradicionais no Artigo 23 da Convenção OIT nº 169

A Lei de Terras de 1850: Um Marco na História Agrária do Brasil e suas Consequências Sociais

Por que o Marco Temporal Importa?

Obstrução na Demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol: Obstáculos Governamentais à Proteção Territorial